Confiança do empresário e expectativa do consumidor caem no terceiro trimestre

A Sondagem do Comércio, pesquisa realizada pela Fundação Getulio Vargas, observou, ao longo do terceiro trimestre de 2014 (jul-ago-set), queda na confiança do setor em relação à evolução das vendas. O Índice de Confiança do Comércio (ICOM) manteve a trajetória de queda já observada ao longo do primeiro semestre. No trimestre findo em setembro, a variação foi de -8,7% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em agosto, a taxa de variação interanual havia sido de 7,3%.

A taxa do Índice de Expectativas (IE-COM) – em relação ao futuro – variou -4,2% em setembro ante o mesmo trimestre do ano anterior.  A taxa em agosto havia sido de -4,3%. Já o Índice da Situação Anual (ISA-COM) apontou taxa interanual de -15,9%, queda maior do que a registrada em agosto (-12,1%).

O declínio do ISC foi determinado pela avaliação desfavorável dos empresários quanto ao momento atual. O índice de Situação Atual (ISA-S) recuou 6,2% em setembro, para o menor nível da série histórica, iniciada em junho de 2008. No mês anterior, o índice havia apontado queda de 0,8%.

Já o Índice de Expectativas (IE-S) registrou taxa de -1,0% em setembro. Em agosto a variação havia sido de -5,7%. O resultado do IE-S observado entre agosto e setembro pode ser justificado tanto pelo indicador de tendências de negócios (-1,1%) quanto pelo de demanda prevista (-0,9%).

O resultado do terceiro trimestre de 2014 é o segundo menor da série, ficando atrás somente do registrado no primeiro trimestre de 2009.

Consumidor

A Sondagem de Expectativas do Consumidor da Fundação Getulio Vargas apresenta trajetória de queda nas médias móveis trimestrais do Índice de Confiança do Consumidor (ICC), apesar do ligeiro avanço (0,7%) entre agosto e setembro de 2014. O índice passou de 102,3 para 103,0 pontos. Em agosto, essa tava havia sido de -4,3% e, em julho, 3,0%.

O Índice de Situação Atual (ISA) obteve queda de 2,2% e o Índice de Expectativas (IE) subiu 2,1%. Esses resultados mostram que, apesar de a satisfação dos consumidores com o momento presente ter diminuído, a expectativa em relação aos próximos meses se tornou menos pessimista.

Fonte: Fecomércio-RJ