Boletim Analítico traz dados socioeconômicos do Estado do Rio
O Instituto Fecomércio de Pesquisa e Análises (IFec RJ) divulgou recentemente o Boletim Analítico Estadual, uma das publicações periódicas que compõem o Mapa de Indicadores IFec RJ. Este estudo tem por objetivo monitorar trimestralmente os dados socioeconômicos do estado do Rio de Janeiro (ERJ), utilizando como parâmetro os dados agregados do Brasil e, sempre que possível, os desagregados da Região Metropolitana do Rio de Janeiro (RMRJ) e interior do Rio.
A publicação, tal como as duas edições anteriores, traz uma sucinta análise dos indicadores sobre o mercado de trabalho, com ênfase no desemprego, informalidade e rendimento laboral. O estudo foi elaborado em parceria com o Instituto de Estudos do Trabalho e Sociedade (IETS)
O boletim aponta que o desemprego fluminense tem crescido de forma acelerada desde 2015, ultrapassando a taxa média nacional após segundo trimestre de 2016 – marco das Olimpíadas Rio 2016. Como provável consequência da destruição de postos de trabalho em todo o estado do Rio, percebe-se a evolução do trabalho por conta própria como componente relevante do aumento da informalidade.
Os números do terceiro trimestre de 2019 apresentam modesta melhora em relação ao primeiro trimestre, por conta da redução das taxas de desemprego. No entanto, o número de trabalhadores informais segue em ascensão. Observa-se que o contingente de desempregados e de ocupados na informalidade ainda é bastante expressivo. No estado do Rio, essa recuperação foi contundente nos setores de serviços e construção civil que alavancaram as admissões desde janeiro até outubro.
No setor de comércio fluminense, os dados apontam um fechamento de postos de trabalho, com demissões persistentes desde 2012. Vale reforçar que a destruição de postos de trabalho formais pode afetar diretamente a renda do trabalhador e, por consequência, poder de compra enquanto consumidores.
No âmbito geral, um provável efeito da crise laboral recai sobre o setor de comércio de bens, serviços e turismo, como efeito do círculo vicioso: maiores taxas de desemprego levam a uma diminuição da renda do consumidor, e menos renda disponível leva a um menor consumo. Essa queda reforça a diminuição de investimento dos empresários, retroalimentando o ciclo de demissões. Analogamente, o mesmo raciocínio vale para informalidade, porque impõe ao trabalhador menores rendimentos.
Em suma, o acompanhamento contínuo dos indicadores socioeconômicos realizado pelo IFec RJ é relevante para que o setor e gestores públicos possam priorizar ações e alocar recursos de forma mais eficiente, especialmente relacionadas ao setor de comércio.
Tenha acesso ao Boletim Analítico Estadual no link a seguir: https://bit.ly/2Z7sMTs