O Índice que mede a Intenção de Consumo das Famílias no Rio de Janeiro (ICF/RJ) permaneceu praticamente estável frente a fevereiro de 2019, acentuando o processo de desaceleração iniciado no mesmo mês, e atingiu 90,1 pontos. O índice alcançou o melhor resultado desde março de 2015, quando registrou 99,2 pontos e permanece acima da média histórica prevalecente após o início da crise econômica iniciada no terceiro trimestre de 2014 (73,4), porém ainda abaixo da média anterior à crise (127,8).
Dos sete itens pesquisados no levantamento da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Rio de Janeiro (Fecomércio RJ), apurado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), quatro apresentaram variação positiva em relação ao mês anterior, e todos tiveram aumento ante março de 2018. No comparativo mensal, três itens apresentaram retração, a perspectiva profissional (-4,4%), a renda atual (-0,6%) e momento para duráveis (-0,6%). A pesquisa utiliza pontuação de 0 a 200 pontos, sendo que os índices abaixo dos 100 pontos indicam grau de insatisfação e acima de 100 pontos, nível de satisfação.
Entre os subitens pesquisados, o que avalia a perspectiva de compra do consumidor carioca foi o que apresentou aumento mais expressivo em relação a março de 2018, crescendo 33,6 pontos percentuais neste período e 3,4 pontos na variação mensal, alcançando 90,6 pontos, sendo também o melhor índice desde março de 2015. Já o item que classifica o nível de consumo atual também teve aumento expressivo, de 18 pontos percentuais, na comparação anual, porém um aumento mais modesto e igual a de 0,4 pontos na mensal, alcançando 74,8 pontos.
O item que mede o momento para consumo de bens duráveis, mais caros, alcançou 63,3 pontos, representando alta de 14 pontos percentuais entre março de 2018 e março de 2019, e retração de 0,4 comparado a fevereiro do ano corrente.
O item que mede a confiança em relação ao emprego atual cresceu 1,7 pontos percentuais em relação a fevereiro de 2019, impulsionado pela queda do percentual de entrevistados que disseram estar menos seguros em relação ao seu emprego. Já o item que mede o acesso ao crédito, por sua vez, também cresceu 1,7 pontos percentuais, impulsionado pelo crescimento da proporção de pesquisados que disseram que o acesso ao crédito está mais fácil (27,5% ante 25,6% no mês de fevereiro).
Vale destacar que o item que mede o acesso ao crédito apresenta, historicamente, forte correlação negativa com a taxa média de juros cobrada sobre as operações de crédito livre e direcionadas à pessoa física. Esta taxa já apresenta crescimento desde janeiro de 2019, no que se espera uma estabilidade ou reversão da facilidade de acesso ao crédito nos próximos meses se o preço do crédito continuar a apresentar a mesma tendência de crescimento.
Quanto à renda atual, o índice alcançou 100,9 pontos, aumentando 17,8 pontos percentuais ante março de 2018 e recuou 0,6 pontos comparados ao mês anterior. O mesmo ocorreu na perspectiva profissional, que apresentou alta de 21,6 pontos em relação ao mesmo período de 2018, mas teve recuo de 4,5 pontos na comparação com fevereiro deste ano.
Fonte: Fecomércio RJ